Borboleta que não voa,
Incerteza e desilusão.
Vaguear num mundo à toa,
Entre a dor e a solidão.
E nesses dias passados,
...(Criança por Deus magoada!)
Viste o teu mundo ser mudado.
Instalaram-se em ti as trevas,
Amaldiçoas a luz que te fere
E odeias a vida que levas!
Clamas aos céus por justiça,
Buscando uma força divina.
O mundo perdeu-te nas voltas
E fez a poetisa, ainda menina
Para cantar tamanha revolta.
“Porquê eu? Porquê vocês?”
Pergunto a minh’alma dolorida,
Tentando manter a lucidez.
São tantas as portas que nos fecham,
Sem aviso prévio, nem motivo.
Quase como flechas que atravessam
Um pássaro que tomba, ferido.
Resta-nos somente a fé inabalável,
De Anjos de Luz, por nós velando.
Operando milagres no impensável,
Nos hospitais, as dores acalentando...
Que já não sente vontade de sonhar.
Lúpus: tens asas de borboleta,
Mas nunca me fizeste voar...
Esse poema foi publicado por minha amiga Maria da Graça,muito lindo...
ResponderExcluirOlá Carla!
ResponderExcluirFico muito feliz que tenha gostado do poema. Ele foi publicado pela nossa amiga Graça, mas é da minha autoria! Se quiser verifique aqui:
http://www.facebook.com/notes/paula-correia/les-lupus-eritematoso-sist%C3%A9mico/116857505065367
Obrigada!